O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam que a amamentação seja exclusiva até os 6 meses de idade ou continuada até os 2 anos ou mais. Além dos benefícios nutricionais e imunológicos, o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento da respiração, deglutição, fala, mastigação e na redução da cárie da primeira infância (CPI), que afeta crianças até seis anos. Estudos indicam que crianças amamentadas no primeiro ano de vida apresentam menor incidência de cárie dentária em comparação com aquelas que consomem fórmula infantil.
De acordo com dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), o número de crianças entre 0 e 2 anos atendidas pela primeira vez em consultórios odontológicos no Brasil aumentou de 144 mil em 2022 para mais de 180 mil em 2023. O estado de Alagoas também registrou um aumento nesse cenário, com 4.955 crianças atendidas em 2022 e 5.020 no ano seguinte.
No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a odontopediatria está disponível nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), enquanto as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) contam com equipes de saúde bucal qualificadas para orientar mães sobre práticas de amamentação e atender crianças, inclusive bebês.
Doralice Severo da Cruz, coordenadora-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, ressalta a importância do aleitamento materno na saúde bucal infantil, destacando os benefícios para o desenvolvimento da mandíbula e dos músculos faciais, influenciando no alinhamento correto dos dentes no futuro. Ela enfatiza que o ato de amamentar promove uma sucção correta, essencial para hábitos saudáveis e uma mordida adequada.
A ausência de amamentação ou o desmame precoce podem afetar o desenvolvimento craniofacial, enquanto o uso de bicos artificiais como mamadeiras e chupetas pode levar a problemas musculares e alterações na estrutura bucal. A introdução alimentar a partir dos 6 meses deve ser gradual, priorizando alimentos naturais de diversos grupos.
Segundo a pesquisa SB Brasil 2020/2023, 53,2% das crianças avaliadas estavam livres de cáries, um aumento de 14% em relação ao estudo anterior de 2010. Cerca de 40 mil pessoas foram examinadas em todo o país, incluindo 7.198 crianças de 5 anos.
O programa Brasil Sorridente, criado em 2004, visa melhorar o acesso à saúde bucal, especialmente em áreas vulneráveis. Recentemente, a Política Nacional de Saúde Bucal foi integrada à Lei Orgânica da Saúde, garantindo a todos os brasileiros o direito de consultar dentistas.
A Semana Mundial da Amamentação deste ano abordou o tema “Amamentação: apoie em todas as situações”, visando reduzir desigualdades em populações vulneráveis, minorias e situações de emergência. O ministério planeja lançar o Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação como parte da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, fortalecendo os princípios da amamentação como direito humano e acesso universal à saúde em todo o país.
Sou um editor por trás das cortinas do ‘Meu SUS Digital’. Meu nome é Leow, e em 2018, me formei em Desenvolvimento de Sistemas para Internet pela Uninove. Desde então, mergulhei de cabeça na interseção entre tecnologia e saúde pública. Minha jornada me levou a explorar como a digitalização pode revolucionar o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Minha paixão por programação e inovação se funde com meu compromisso em tornar a informação sobre saúde digital acessível a todos.